Maré de José Avillez, 


Situado na icónica estrada do Guincho, o Maré é um restaurante à beira-mar, em terra de peixe no prato e no oceano. Trata-se de um projeto recente do chef José Avillez, provavelmente o mais premiado e reconhecido cozinheiro português da atualidade.

A decoração tem inspiração marítima, com um toque leve e informal, como se espera de um espaço costeiro. A sala principal, em tons de azul, é ampla e acolhe um elegante balcão de serviço. Mais perto do mar encontra-se o terraço coberto, protegido do vento, que oferece conforto ao ar livre mesmo em dias de tempestade. Há também uma esplanada desprotegida e uma sala reservada para grupos, que assegura a privacidade dos clientes afastados da zona principal.

A cozinha, sob o comando do chef Filipe Pina, mantém viva a identidade do grupo José Avillez, aliando tradição e respeito pelos sabores autênticos com a excelência dos produtos utilizados.

Entre os destaques do menu, o Arroz de Carabineiro brilha como especialidade da casa. O Bacalhau à Brás é reinventado com azeitonas explosivas, já emblemáticas na cozinha do grupo. O ceviche de corvina impressiona pela frescura, e o Prato do Mar — ideal para duas pessoas, com Carabineiro, Corvina, Amêijoas e Lulas — é uma verdadeira celebração marítima.

Para finalizar, sugere-se a Avelã em diferentes texturas ou o Maracujá, uma verdadeira ode aos céus para os apaixonados por esta fruta tropical.

A garrafeira, embora não extensa, é cuidadosamente selecionada, com vinhos da casa que harmonizam na perfeição com as propostas gastronómicas do restaurante.

Também pode visitar:

Marina de Cascais

Guincho, estrada e faróis

Praia

Cascais



O NOBRE

Situado junto ao Campo Pequeno em Lisboa, O Nobre da Chef Justa Nobre é um dos últimos bastiões da gastronomia portuguesa de excelência, onde a criatividade se entrelaça harmoniosamente com os sabores e tradições que nos são tão queridos.

A decoração, leve e elegante, distribui-se por três salas: a principal e duas mais reservadas, ideais para uma experiência mais intimista. A garrafeira, discretamente integrada no espaço, exibe orgulhosamente os néctares prontos a serem servidos, enriquecendo cada refeição com a escolha perfeita. As entradas são um convite irresistível para os sentidos.

O presunto ibérico, as iscas finamente cortadas ou o queijo de cabra gratinado prometem um início memorável, ao qual se junta a icónica Sopa de santola, marca inconfundível da Chef Justa Nobre.

A ementa é um tributo às memórias gustativas de todos nós, reinterpretadas com mestria.

Destacam-se pratos como o bacalhau, onde a Chef harmoniza o presunto para intensificar os sabores, ou as delicadas lulinhas da costa em alhinho, uma ode à simplicidade e ao sabor puro do mar. Entre tantas opções, há ainda o lombo de robalo de mar à Justa, a suculenta perna de cabrito e a divina cataplana de marisco, uma experiência gastronómica que nos transporta diretamente ao paraíso.Para finalizar, as sobremesas são uma verdadeira tentação.

Farófias leves e delicadas, o sedutor fondant de abóbora com gelado, a clássica sopa dourada ou o requintado pudim de abade, são apenas algumas das escolhas que tornam a decisão final um desafio delicioso.


Café Alentejo

Uma Pérola da Gastronomia no Coração de Évora


A poucos metros da emblemática Praça do Giraldo, numa ruela discreta que desce suavemente, encontra-se o Café Alentejo um restaurante onde a tradição alentejana se mantém viva, com subtis toques de modernidade. A entrada, quase escondida, convida a escapar do calor e mergulhar num ambiente acolhedor, de paredes em bordeaux escuro e mesas de mármore que evocam tempos antigos.
Ali, parece que o tempo abranda. As mesas contam histórias de outros dias, quando grupos de homens se reuniam à volta de copos de vinho e petiscos partilhados, entre conversas lentas e olhares cúmplices.
Outrora Casa de Pasto e depois taberna até meados dos anos 90, o espaço ganhou nova vida em 1999 pelas mãos de Rita Simão, que soube preservar a alma do lugar, elevando a cozinha tradicional com um cuidado renovado.
A nossa visita aconteceu à hora de almoço. A sala, composta por turistas e locais, acolheu-nos com a simpatia dos empregados, que com humor e leveza nos conduziram a uma das mesas disponíveis.
A ementa, vasta e tentadora, despertou o apetite com sugestões que davam vontade de provar tudo. Fora da carta, os cogumelos silvestres chamaram por nós e foi amor à primeira garfada. Salteados com um fio de azeite e coentros frescos, chegaram à mesa em prato de Bordalo Pinheiro, acompanhados por um vinho alentejano recomendado com sabedoria e pelo pão da região, hoje considerado um dos melhores do mundo.
São momentos como este que justificam cada visita a restaurantes com alma onde o cuidado com o cliente é tão evidente quanto o sabor no prato.
Seguiu-se a sopa de garoupa, um caldo rico e equilibrado, com peixe em abundância, batata no ponto, pimentos e tomate bem envolvidos. Só lamentei a presença dominante da hortelã-da-ribeira, que, embora tradicional, se impôs demais ao meu gosto. Ainda assim, um prato a considerar por quem aprecia o sabor intenso do poejo.
Já podíamos ter dado o repasto por encerrado, mas a gula venceu. Pedimos o rabo de boi em vinho tinto, servido com puré de batata caseiro. A carne, tenra e bem apurada, envolta em especiarias equilibradas, foi um final digno de registo — ou melhor, quase final.
Porque ainda havia espaço para o torrão real, um doce digno de reis: amêndoa envolta num creme intenso e suave, que encerrou a refeição com nota divina. O café, bem tirado, selou a experiência com elegância.
Na cidade do Templo de Diana, o Café Alentejo é mais do que um restaurante — é uma razão para voltar, sempre.

BAHR, Hotel Bairro Alto

Lisboa

A ementa de Verão foi apresentada há uma semana e as novidades são bastantes.Para já, mantém a opção à carta o que é excelente, escolhemos o que queremos ou deixamo-nos levar pelos conselhos do pessoal de mesa, que como sempre é muito atencioso.Sala ampla, com muito espaço, a esplanada é excelente para dias de verão com a vista de 180° sobre a baía de Lisboa/Almada.

A cozinha, localiza-se em "open space" com o chef Fábio Pereira a terminar os empratamentos.

Começámos com uns snacks de partilha, uma cracker com Atum, Yuzu e folhas ácidas que estava uma delicia e que soube a pouco .Ainda nos snacks passámos à carne com o novilho maturado, brioche da casa e molho de chipotle. Snack muito top!! Para a entrada , foi sugerido o tártaro de novilho, com Ostra velha do Sado. A carne, bem temperada servia de base à ostra migada com tempero em que o sabor estava muito interessante pela junção da carne e ostra. Servido com tostas da casa e à medida que se avançava cada vez mais interessante.. a utilização da salicórnia no tempero intensificava o sabor num resultado de grande aproveitamento de dois produtos nacionais.A seguir, ainda nas entradas e com espírito de partilha, veio a enguia, com o dashi de porco, ervilhas e poejo fresco que não foi demasiado acentuado.Um "Surf and Turf" que combina a posta da enguia e o porco com a frescura do poejo fresco ligados pelo dashi suave .Veio então a cereja no topo da refeição Salmonete de Sagres e cuscos transmontano, o sabor do salmonete suculento no ponto de grelha, a textura suave do cuscos, massa transmontana confecionada caldosa de tomate num sabor incrível.Para terminar a sobremesa de ananás, miso e timut( pimenta nepalesa) Algo diferente, mas muito bem conseguida, o ananás envolvido em creme doce qb.Na verdade, não tenho muita paciência para as novas tendências de fusão da cozinha tradicional com a oriental, embora reconheça que o Bahr justifique o Sol com imaginação e mantendo os sabores de cada ingrediente.Não só pela vista fabulosa, também pelo serviço e simpatia e principalmente porque há pratos que justificam que se volte, o BAHR está definitivamente no meu roteiro.

Março 2025

Ferrugem, Famalicão

Restaurante na Portela de Famalicão,o Ferrugem é propriedade do Chef Renato Cunha, exímio cozinheiro que não deixa de ser um gastrónomo e estudioso da cozinha tradicional portuguesa para apurar os sabores em estilo próprio e elevando a tradição ao estilo criativo contêmporaneo sem perder as raizes e técnicas. Espaço moderno e cheio de elegância, ideal para uma experiência gastronómica exigente.

Localizado em Mem Martins, o restaurante Ninho Verde traz à mesa o sabor autêntico da Madeira, complementado com alguns pratos tradicionais do continente. A ementa reflete bem essa fusão, garantindo opções para todos os gostos.

Mais um ciclo para uma experiência gastronómica de cozinha no Pote, levada a cabo pelo Chef Renato Cunha. Evento que se iniciou em Maio e que ocorre todos os anos desde 2022 na Casa Ana Monteiro na Portela de Famalicão entre Maio e Setembro de 2025.

Samouco, na margem sul do Tejo, ainda no estuário, é um local tradicionalmente rico em marisco.